Em Fevereiro de 2025 andei a desbravar Paranhos.

Literalmente, de uma ponta à outra, e em vários dias, todos eles feitos a pé.
Não faria sentido que fosse de outra forma, pois a única maneira de se conhecer bem um local é mesmo andando a pé, desligada dos sentidos únicos, das proibições de estacionar e do pára arranca do trânsito, coisa que, para quem me conhece, também já sabe que me libertei. 

Mas o que me levou a querer desbravar Paranhos, perguntam?
Simples:
 “Era! ” a freguesia do Porto que eu menos bem conhecia ( …agora depois de desbravada, já não é: )
e a freguesia do Porto situada no oposto mais distante de onde moro e trabalho, e onde é raro ir.
Não por falta de interesse, mas porque o meu dia-a-dia acontece sem normalmente precisar de me movimentar até lá,  – e ok, assumo uma pontinha de falta de interesse inerente: apesar de estar sempre atenta ao que vai acontecendo no Porto, principalmente a nível cultural, a zona de Paranhos tem ficado um pouco fora do meu circuito.

Conhecia naturalmente alguns “pontos chave” de Paranhos, como o Jardim da Arca D’Água, o Pólo Universitário, o Ipo e o Hospital de S. João, e algumas ruas, como a rua de Costa Cabral, mas nunca a tinha feito a pé de uma ponta à outra, nem tinha qualquer percepção de como essa rua se interligava com outras áreas da zona.

 

Um dia, ainda antes deste desbravanço, tive um convite para ir conhecer um espaço, o qual , depois de ver no mapa a localização, percebi que ficava próximo da Rua de Costa Cabral, mas lá para a outra ponta, a chegar à Areosa. Fui de metro, com tempo para poder andar um pouco a pé na zona, e quis sair na Estação de Metro de Salgueiros.

Sair na Estação de Metro de Salgueiros foi como se tivesse aterrado numa cidade desconhecida. Não conhecia qualquer das ruas à volta e perdi completamente o sentido de orientação, que me fez avançar no sentido diametralmente oposto ao que era suposto. Confiante no entanto de que o Porto é pequeno e que rapidamente descobriria uma rua que me fizesse luz, nem sequer quis usar o google maps e confiei no meu inabalável otimismo.
Naturalmente, cheguei meia hora atrasada ao local, cansada!!, porque ia em contratempo, mas – confesso –  divertida,  e com a minha criatividade ao rubro (e a falar sozinha).

“Paula, não faz sentido, isto.
“Viver o Porto” implica conhecer o Porto na palma das mãos…..,
Está na hora de  “Desbravar as freguesias do Porto”,
e a primeira freguesia vai mesmo ser a freguesia de Paranhos!”

 

 

Assim foi, nasceu o Projeto Desbravar as Freguesias do Porto, começando pela freguesia de Paranhos.

Desbravar: explorar um lugar desconhecido

O ponto de partida foi a Junta de Freguesia de Paranhos – que, por coincidência (só dei conta na altura)  – fica mesmo próximo da estação de metro de Salgueiros.
A partir daí deixei-me levar pelo ânimo desenfreado e pela curiosidade, numa alegria constante de descobrir coisas novas, e de ter cada vez mais a certeza de que há sempre algo novo para conhecer, mesmo estando na nossa própria cidade.

“Mais do que querer estar a par do que de bom vai surgindo na cidade, (onde comer, onde dormir, onde sair à noite, onde ir beber um copo ou onde ir a um evento cultural) gosto mesmo é de ter a percepção do espaço, de saber o que me rodeia, gosto de me imaginar a espreitar-me de cima e a saber exatamente o ponto onde me encontro, para conseguir chegar a outro ponto. E essa percepção faltava-me, por aqueles lados de Paranhos.

Desbravar Paranhos

Muni-me naturalmente de um mapa, da minha câmara fotográfica e do meu caderninho de notas, e de algumas indicações que me foram dando,  dividi as áreas que queria desbravar por dias, e os dias por semanas – não desbravei tudo seguido, fiz um dia por semana, terminei em 4 semanas, ou seja, 4 dias.
(o quarto dia já um bocado arrastado, queria ter feito tudo em 3).
Fui partilhando tudo nas stories do Instagram e ainda está tudo lá, nos destaques.
(passem lá a ver, !, porque em versão tempo real é sempre mais interessante)

Aqui, agora, neste post
vou tentar deixar um apanhado, fazendo referência aos locais que mais gostei de descobrir, na esperança de que quem me leia fique também com vontade de ir descobrir (ou re-descobrir) esses espaços.

“O Porto vive-se estando presente,
regressando,
e tantas vezes voltando aos mesmos locais, 
mas sempre com a sensibilidade desperta para as surpresas de cada novo dia.” 

Naturalmente, há muito mais referências e moradas para visitar em Paranhos, que não conseguirei incluir neste artigo, mas encaro isso como uma missão que nem sequer é a pretendida, antes despertar o interesse de ir até lá.

As minhas conclusões sobre a freguesia de Paranhos:

Paranhos surpreendeu-me bastante, pela positiva, constatando que quem lá vive gosta mesmo de lá viver.
É uma freguesia enorme, muito plana, com várias zonas residenciais, algumas com casas muito bonitas e onde ainda impera o sentido de bairro.
É uma freguesia onde os antecedentes rurais e bucólicos – há ainda muitas zonas rurais  – se fazem sentir, mas é também uma zona a abrir as portas à modernidade, e munida de todo o tipo de comércio e serviços.
A VCI (Via de Cintura Interna) está sempre presente e faz questão de se “atravessar” pela freguesia, não dá para passar despercebida.
Paranhos está muito bem servida de transportes públicos e tem fáceis acessos para quem chega de carro.
Paranhos não é, no entanto, de todo, uma zona “trendy”, nem onde tudo acontece, antes uma zona (tirando talvez a zona universitária e dos hospitais) , diria que pacata, com muitos espaços verdes, mas faltando-lhe, diria eu, alguma animação.

Há quem lhe chame, a zona esquecida da cidade.
Será?

 

alguns dados sobre Paranhos:

A freguesia de Paranhos é uma das 7 freguesias do Porto (sendo que o Porto tem 4 Freguesias e 3 Uniões de Freguesias) e a maior freguesia, em termos populacionais.
Fica na zona Norte da cidade, e

Faz fronteira:

a Norte: com S. Mamede Infesta (concelho Matosinhos) e com Pedrouços (concelho Gondomar).
a Este: com Campanhã
a Sul: com as freguesias do Bonfim, Sto Ildefonso e Cedofeita
a Oeste: com Ramalde

A delimitação das fronteiras entre freguesias nem sempre é muito simples, acontece muitas vezes uma mesma rua pertencer de um lado a uma freguesia, de outro, a outra, ou metade metade……
Estas fronteiras confesso que ainda hoje em alguns pontos me confundem.
A Rua de Costa Cabral é um bom exemplo disso, o início de quem vem do Marquês é freguesia do Bonfim e não Paranhos, ainda hoje não sei dizer a delimitação exacta.

Rua de Álvaro Castelões

A Igreja Matriz de Paranhos é um dos pontos referenciais e talvez o epicentro da freguesia de Paranhos, fica na Rua Dionísio dos Santos Silva, e foi em torno dela que Paranhos, com um passado extremamente rural e bucólico, se começou a desenvolver e crescer.
Alguns testemunhos das tradições rurais de Paranhos são ainda visíveis pela zona, na forma por exemplo de alguns lavadouros públicos desativados, vários fontanários, e várias “alminhas” cravadas em muros de casas, e os resquícios bucólicos encontram-se em vastas zonas de descampados, atravessados pela VCI.

na imagem, Dr Rui Carreira, na Casa da Cultura de Paranhos, no Largo do Campo Lindo,
imagens também da Igreja Matriz, o Café Campo Lindo e o Largo, e uma exposição na Casa da Cultura

No meu primeiro dia de desbravar Paranhos, fui simpaticamente recebida pelo Dr Rui Carreira, responsável pelo pelouro da Cultura da freguesia, e que me recebeu na Casa da Cultura, no Largo do Campo Lindo, sendo estas moradas, naturalmente, duas referências da zona.

Casa da Cultura de Paranhos –
responsável por várias atividades culturais da freguesia, com Biblioteca, Sala de Exposições, salas de formação, organização de 2 Feiras do Livro por ano, Universidade Sénior e também atividades formativas para estudantes.

Largo do Campo Lindo –
ponto central das Festas Anuais Nossa Senhora da Saúde, que se realizam na primeira quinzena de Agosto, festa muito característica onde se penduram as colchas à janela, e onde se podem encontrar os Doces de Paranhos,  doces que existem desde 1859 e que agora só se encontram nestes dias de festa ou através da Confraria dos Doces de Paranhos (doces toscos, tipo scones).

Café Campo Lindo
um café de bairro, virado para o Largo com o mesmo nome.

ruas de Paranhos e VCI

Salpicos Verdes

Mary, no seu restaurante Salpicos Verdes.

O Salpicos Verdes é um restaurante vegetariano na Rua Álvaro de Castelões,(e que eu já conhecia).
É um espaço muito simples, a comida é também muito simples, mas sempre tão boa, com a Mary atrás do balcão a servir os pratos e a espalhar simpatia.
Uma refeição completa, saciante e saudável – sopa e prato , pode ficar por €5,50.
Há melhor?

Curiosamente (ou “eu a ser muito trenga” ), apesar de já lá ter ido várias vezes, nunca tinha dado conta da proximidade do Salpicos Verdes com outros pontos importantes da freguesia: como o Parque do Covelo, (está mesmo ali ao lado….) e a própria Junta de Freguesia………
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Também na Rua Álvaro Castelões, dois pontos de interesse na freguesia, mencionados pelos seus locais:

Padaria Molete,
tomei lá um café e falei com a simpática funcionária Diana.
Tabacaria Pimpão, consta que já lá saiu a alguém o euromilhões , por isso nunca se sabe, podemos sempre tentar a sorte outra vez.

fotos várias da Rua de Costa Cabral e Rua de Álvaro Castelões.

A Rua de Costa Cabral:
é a rua mais extensa do Porto, indo desde o Jardim do Marquês do Pombal até à Estrada da Cirvunvalação junto à Areosa.
Passa por cima da Via de Cintura Interna.
Tem várias dificuldades de trânsito e alguns problemas inerentes, com os moradores e lojistas a pedirem constantemente soluções.

Parque do Covelo: (antiga Quinta do Covelo, tinha casa senhorial e capela anexa, em ruínas desde o cerco do Porto):
É o pulmão verde de Paranhos.
É um parque bastante agradável, com vários espaços, para descansar, caminhar, fazer exercício, respirar ar puro.
Tem uma zona infantil e um Café e esplanada, esplanada onde me sentei uma boa parte de uma manhã bonita a saborear um café e a escrever as minhas notas.

Café do Parque de Covelo

Rua de António Cândido

A Rua de António Cândido

foi a minha rua sensação, adorei andar por lá.
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Fica entre a Rua Antero de Quental e a Rua Faria Guimarães, muito perto do Parque do Covelo, da Escola Filipa de Vilhena e da Rua de Adriano de Paiva, numa zona residencial muito calma.
A Rua de António Cândido tem casas super bonitas, árvores maravilhosas (como esta da foto que estava no seu esplendor!) e uma preciosidade, que vale tanto como sugestão de onde dormir em Paranhos, mas também como sugestão de onde comer (com algum requinte) :

Vila Camélia, Rua de António Cândido, 79, Porto

a Vila Camélia:
A Vila Camélia é uma Guest House familiar, com 4 quartos, e um restaurante de cozinha francesa gerido pela família Lestuzzi.
Pai , Mãe e dois filhos, gerem este espaço incrível de bonito ( e bom!).
Enrico Lestuzzi é um Chef francês que deixou Estrasburgo onde tinha um conceituado restaurante, passando  a instalar-se no Porto, com a mulher, Manuela e os dois filhos.
Ao almoço há Menu do Dia, ao jantar é mais requintado e o menu é à Carta.
Quando chega o bom tempo organizam Brunch aos domingos, e de quando em quando organizam jantares com harmonizações vínicas.
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No dia em que lá estive, convidaram-me até à cozinha, que tem porta aberta para o jardim traseiro, e fiquei maravilhada.
Respirava-se comida saudável e produtos frescos, Enrico Lestuzzi tinha acabado de fazer pão (as baguettes da foto) , os filhos ajudavam na preparação do almoço – os dois filhos alternam-se semanalmente, entre cozinha e sala.
Depois Manuela levou-me a visitar dois dos quartos (que são todos suites),  fiquei com vontade de lá ficar a dormir.

Na decoração de toda a Guest House, há algumas pinturas do conhecido artista de street art , Hazul.

Rua de Costa Cabral, Isabella na Confeitaria PaneBella (doces tradicionais do Brasil) ,
e Rua de Vale Formoso,

Casa Museu Fernando de Castro , na Rua de Costa Cabral, 716

A Casa Museu Fernando de Castro,
está agora a ser gerida pelo Museu Soares dos Reis e pode ser visitada mediante marcação prévia através do site do Museu.
Fernando de Castro foi um colecionador e empresário portuense, com gosto pela leitura e pelo desenho, deixando de sua autoria uma vasta coleção de caricaturas.
A casa tem a particularidade de ser bastante bizarra e um pouco asfixiante, recheada de arte sacra e onde não há paredes sem ornamentação, ou quase espaço para respirar.
Mas vale a visita, pelo insólito que é e pela grandiosidade de todo o acervo.

Brites, Rua da Constituição, 661

Brites
Andar por Paranhos e não ir à Brites é perder o essencial efervescente de uma freguesia, onde agora, mesmo ao lado da padaria, já abriram também uma cafetaria.
Tudo maravilhoso e de chorar por mais, na Rua da Constituição, quase a chegar ao Marquês.

Pormenores de casas, e sempre, a VCI.

 

Jardim da Arca D´Água, na Praça 9 de Abril

É um Jardim histórico, onde ocorreu um duelo conhecido à espada entre Antero de Quental e Ramalho Ortigão (1865), na sequência da Questão Coimbrã, e doa qual resultou ferido Ramalho Ortigão.

O nome Arca D’Água resulta dos reservatórios das águas de Paranhos que foram o sustento de muitas fontes e chafarizes do Porto até meados do século XIX.
No subsolo do Jardim ainda se encontra a Arca Nova e a Arca Velha, que eventualmente podem ser alvo de visitas, descendo-se por um alçapão, tendo no entanto essas visitas e esse pedido de ser coordenado com as Águas do Porto.
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Nas imediações do Jardim da Arca D’Água, destacam-se:

a Ordem dos Médicos – bonito casarão com enorme Jardim.

a Universidade Fernando Pessoa.

O Colégio Luso Francês,
e o seu Auditório Francisco de Assis, agora usado para realização de concertos vários.

e também:

Adega Escondida, Rua de Costa e Almeida, 255

a Adega Escondida

um restaurante de referência na zona, com comida tradicional portuguesa e alguma cozinha internacional.
É mesmo escondida, pois quem passa na rua não consegue ver o restaurante.

Jardim da Arca D’Água

algumas casas, ruas do Campo Lindo, Amial, Vale Formoso.

mais locais para comer:
Restaurante Pombeiro – na Rua do Capitão Pombeiro (ao Vale Formoso) – também um restaurante de referência, com comida portuguesa e mediterrânea, e uma boa garrafeira.

Casa Amaro:

Casa Amaro, Rua Capitão Pombeiro 25-31

Ir à Casa Amaro é toda uma experiência.
Uma experiência visual e presencial, e onde o tempo parece que parou, tanto na decoração e no espaço em si, como nos clientes habituais, que praticamente se conhecem todos uns aos outros, até à simpatia do dono que nos atende sem pressas.
A comida é tradicional portuguesa, cozinhada em fogão a carvão e a louça é lavada à mão, os tachos são tachos à moda antiga, desde o tamanho pequeno àquele grandalhão, o vinho da casa vem em canequinhas, a ementa é dita em voz alta ou está escrita na lousa.
E é tudo muito bom.
Tem uma sala de refeições e ao lado uma sala contígua, cuja porta para a rua é de madeira e à cowboy e um balcão para se estar nos copos, e onde se juntam as pessoas da rua, simplesmente, …para os copos…..
Eu simplesmente adoro, estas experiências.

A Zona do Pólo Universitário e dos Hospitais 
IPO (Instituto Português de Oncologia) e o Hospital de S. João

zona das faculdades e hospitais (S. João e IPO) e a Sede do Salgueiros Futebol Clube, e  a Casa do salgueiros

A zona universitária e a zona dos hospitais (com dois dos hospitais mais importantes do País) fazem com que Paranhos seja uma das zonas com mais fluxo populacional de todo o Porto, sendo uma área em franca expansão e crescimento.
Junto à Circunvalação, há todo o tipo de restaurantes, cafés e cadeias de fast food, devido à proximidade com as universidades.
Também por esse motivo há um crescente desenvolvimento imobiliário, com grande aposta nas residências para estudantes.

Não é de todo uma zona bonita nem que me faça deslocar até lá, mas a zona assume-se, cada vez mais, como um importante pólo da cidade, e que atrai muitos jovens.
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Em frente ao IPO e à estação de metro com o mesmo nome há um pequeno centro comercial simpático (quando se faz horas entre consultas ou visitas é uma boa companhia) tem 1 supermercado e algumas lojas que gosto, destaco a Bertrand (livraria), o Celeiro (loja de produtos saudáveis) e também o restaurante vegetariano Da Terra.
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A zona das Universidades propriamente dita é composta por uma grande área onde se respira verde, com campo de jogos, e um corredor para caminhadas ou jogging.

Casa na Rua Leonardo Coimbra, rua do Salgueiros Futebol Clube

Muito perto das faculdades, fica a sede do Salgueiros Futebol Clube, que tem um café com esplanada – A Casa do Salgueiros.
Tem também alojamento para atletas e um espaço que pode ser alugado para festas ou eventos.
Já fui lá a alguns concertos alternativos e gostei muito.
É também uma referência de Paranhos.
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Desbravar Paranhos

Um espaço que recomendo muito, e que vale sem dúvida a deslocação:

Espaço União – Yoga e Ayurveda

Espaço União, Rua do Prof. António Cruz 321 
Paula Sá Teixeira

No Espaço União já experimentei uma massagem corporal, e também o Shirodhara, um tratamento muito utilizado no Ayurveda, que proporciona relaxamento e tranquilidade profundos à mente.
É um tratamento mesmo muito bom, o único senão é que é feito com óleos que se deitam para cima da nossa cabeça, incluindo o cabelo, e saímos de lá não com o nosso melhor aspeto…
Eu como ainda tinha mais umas coisinhas para fazer por ali, resolvi pôr o meu lenço à indiana à volta do cabelo e seguir confiante….

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Ainda na Rua de Costa Cabral,
(mas já nada holístico)

o Yuko Tavern – famoso pelas suas francesinhas, com a particularidade de ter opção de francesinha vegetariana.
Eu, que como francesinhas talvez de 5 em 5 anos, aqui comi a vegetariana e gostei.

ainda na mesma rua, colado à Circunvalação:
a Casa Pinheiro

Casa Pinheiro, Rua de Costa Cabral, 2848

Na Casa Pinheiro come-se muito bem, recomendo o arrozinho de tomate malandro de tacho, (como salvação para quem é vegetariano), mas quem não for tem muitas outras iguarias típicas portuguesas.
O serviço é de muita simpatia.
Está sempre cheio.

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Na Fronteira  |
freguesias fronteira

(tenho de mencionar estes dois espaços que gostei muito de conhecer enquanto andei a desbravar Paranhos, mas que na realidade, e juridicamente, já não são freguesia de Paranhos….., o primeiro, é freguesia de Cedofeita, o segundo, freguesia Bonfim.
Mas como isso quase nem se dá conta, aqui ficam:)

Estúdio Arte, Rua de Antero Quental 710

Estúdio Arte
ao final do dia sabe sempre bem beber um copo, ou encontrar um espaço para relaxar, ou descontrair e conversar com os amigos.
No final de um dos dias a desbravar Paranhos, e já no meu trajeto de regresso, descobri este bar, mesmo ali ao lado da Guest House Vila Camélia (guest house que mencionei em cima).
Soube-me bem parar, e , mesmo sozinha, entrar e desfrutar.
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O Estúdio Arte era um antigo estúdio de fotografia do pai de Miguel Batista, agora nas mãos de Miguel virou um bar de cocktails mas ainda é possível tirar polaroids.
É um espaço bastante engraçado; quem não gostar de cocktails tem seleção de cervejas, há uns petiscos, e em dias bons podemo-nos sentar cá fora.
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Se é que se pode falar de “movida” noturna em Paranhos, este será definitivamente um dos locais a visitar, pois fica aberto até tarde.

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Também na Fronteira, 

A Cafézeira, Rua de Costa Cabral 52

A Cafézeira é uma das lojas históricas do Porto, vende café e produtos a granel, como leguminosas, frutos secos, biscoitinhos….
O café é pesado e moído na hora, e toda a decoração da Loja nos transporta para uns tempos atrás.

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Em jeito final, pessoal:
Gostei muito de desbravar Paranhos e de ficar a conhecer melhor a zona Norte da minha própria cidade.
Se escolheria Paranhos para viver?
???
???
Por aí o que acham?
Adoraria saber o que pensam sobre esta freguesia, e se gostariam de lá viver?
Ou quem já lá vive, o que têm a dizer?

e claro, fiquem atentos à próxima freguesia!
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Projeto Desbravar as Freguesias do Porto | Um Projeto Viver o Porto

I.
#Desbravar Paranhos

Junta de Freguesia de Paranhos
Rua Álvaro de Castelões, 811
4200 – 047 Porto

Agradecimentos:
Dr Rui Carreira, Junta de Freguesia de Paranhos

Texto e Fotos
Paula Calheiros | Viver o Porto

 

Pode ver outros locais de interesse no Porto neste blog em What’s On – Streets & Places