Desbravar Campanhã levou-me a uma freguesia que se dispersa por vários ritmos,
ora de um crescimento pulsante em várias áreas,
ora de uma tranquila ruralidade que ainda urge permanecer.
É sem dúvida a freguesia do Porto com maior potencial de expansão num futuro próximo,
desde logo pela saturação visível de várias outras zonas mais centrais da cidade,
levando a uma crescente procura de alternativas, que, apesar de já um pouco afastadas do verdadeiro “centro” cosmopolita,
ainda se podem considerar nas zonas limítrofes do Porto.
Falar em Campanhã,
é inevitavelmente levar o pensamento para a linha férrea,
para os combóios e para a Estação,
para as partidas e chegadas e para uma azáfama permanente dos dias que se regem por horários,
para que não se perca o destino….
Mas Campanhã também nos traz a calma do rio,
a paisagem ampla para lá das águas, bonitos casarões,
bonitas quintas de origem burguesa e até um Palácio;
beleza a qual se vai interlaçando constantemente com as visíveis reminiscências de um passado industrial e de algumas zonas muito pobres, mas também de muito verde, e que se colmatam num orgulho genuíno de quem lá nasceu e vive.
Um dos bons exemplos disso são as próprias palavras de Paulo Jorge Pinto Ribeiro, presidente da Junta de Freguesia de Campanhã – que me disse de coração aberto –
aquando da nossa entrevista
em que me sentei frente a frente numa sala de janela com vista para a Praça da Corujeira:
“Campanhã é a freguesia mais bonita do mundo! “-

Desbravar Campanhã
(ou o que fazer em Campanhã)
Campanhã foi, depois de Paranhos, a segunda Freguesia à qual me dediquei – no âmbito do projeto desbravar as freguesias do Porto, – desbravando-a praticamente toda a pé, com excepção da zona de Azevedo, à qual me desloquei no 400 – Linha da STCP.
Campanhã
é a zona mais oriental do Porto, faz fronteira com o Bonfim, a oeste, com Paranhos, a Norte, e com Rio Tinto, a leste.

Estação de Campanhã
A principal estação ferroviária no Norte do país.

A Estação de Campanhã é um interface das linhas ferroviárias do Norte e do Minho, foi inaugurada a 21 de Maio de 1875.
A Junta de Freguesia de Campanhã,
e a Praça da Corujeira
Uma das minhas diretrizes para este projeto é partir à descoberta sozinha, ou seja, sem a distração natural de andar a devanear pela cidade com outra ou outras pessoas. Só mesmo andando sozinha consigo chegar à envolvência pretendida para a descoberta ser completa e genuína, deixando os meus pensamentos e impressões fluirem com mais nitidez.
A segunda das diretrizes é munir-me de fontes fidedignas e procurar conhecer melhor a zona através de quem já a conheça muito bem, pelo que tento sempre falar com alguém responsável na Junta de Freguesia.
Em Campanhã, tive a simpatia de ser recebida pelo próprio Presidente da Junta – Dr Paulo Jorge Pinto Ribeiro, presidente que tem um percurso de vida 100% dedicado a Campanhã – nascido em Campanhã e a viver desde sempre em Campanhã – e com uma paixão visível pela freguesia. (é presidente da Junta há 3 anos).

Paulo Jorge Pinto Ribeiro – Presidente Junta Campanhã
“Campanhã é muitas vezes considerada o lado mais pobre da cidade, mas está em franca renovação, muitas das suas áreas rurais estão em desenvolvimento e a receber investimentos para importantes melhorias.
Um desses exemplos é o projeto do Matadouro, um pólo importantíssimo aqui na freguesia com ligações a ruas estratégicas, e que quando estiver pronto (espera-se que seja em 2026), vai trazer muito mais gente a Campanhã.”
“Também quando veio para aqui o Estádio do Dragão, se notou uma grande mudança.”
“Há muita gente com dinheiro (portugueses e estrangeiros) a vir morar para Campanhã, e que já não querem sair.
E eu faço muitas vezes equiparação entre a freguesia de Campanhã e a Foz : Campanhã não tem a água do mar, mas tem a água do rio.
É a freguesia mais bonita do mundo!
Paulo Jorge Pinto Ribeiro
A nova zona do Antigo Matadouro do Porto
M-ODU

zona do antigo matadouro, croissants da Padaria Confiança, Tasca em frente ao Modu, e Praça da Corujeira
O M-ODU ( reabilitação da zona do antigo Matadouro doPorto ) talvez seja o projeto atual mais ambicioso para Campanhã, e “a menina dos olhos bonitos” do atual presidente da Câmara do Porto – Rui Moreira.
Ali irá nascer um novo pólo empresarial, cultural e residencial, incluindo áreas de lazer.
Tem cerca de 8.000m2 de instalações, e a previsão de estar pronto aponta para o ano de 2026.
Fica muito próximo da Praça da Corujeira.
No dia em que passei, ia a caminho da junta de freguesia, parei na Padaria Confiança (Rua Nova da Corujeira) para comer algo, não comi um croissant, mas estavam com muito bom aspeto.

Praça da Corujeira
Desbravar Campanhã
(o que fazer em Campanhã)
Confesso que nunca tinha estado na Praça da Corujeira. (!!) .
Mas, na sequência da comparação (pelo presidente da Junta) da freguesia de Campanhã com a Foz, a verdade é que imediatamente associei a Praça da Corujeira à Praça de Liége…….
algumas peripécias a desbravar Campanhã:
Da Praça da Corujeira desci por uma rua que desconhecia, a Rua Dr Maurício Esteves Pereira Pinto, não sem antes ter perguntado se por ali iria ter à Estação, disseram-me que sim.
A rua começa junto à escola Básica da Corujeira, na Praça da Corujeira, é bastante longa e foi uma agradável surpresa.
Leva-nos em descida quase até ao rio, desembocando nos acessos à VCI.
A minha ideia era chegar de novo à estação de metro de Campanhã, para nesse dia regressar a casa e dar o desbravanço por terminado, mas tive várias peripécias pelo meio .
quem acompanhou as stories talvez se lembre:

Já cá em baixo, no fim dessa rua , não havia nenhuma passagem para peões para atravessar para o outro lado, e ir a pé pela rotunda ou Nó do Freixo pareceu-me ainda mais perigoso (estavam a passar vários camiões) – por isso acabei por atravessar na mesma.
(a única hipótese era ter seguido quase até ao rio, e depois contornar a rotunda toda pelo lado de baixo, mas eu queria mesmo ir em frente, …., parecia tão simples e tão perto….,
além disso vi mais pessoas a fazer o mesmo e andar a pé na berma da estrada…..- não que isso justifique as transgressões, apenas confirma que não há passagem e que deveria haver!
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Já estando do lado de lá, tinha as linhas de comboio para cruzar, pelo que segui por uma passagem pedonal por cima dessa linha dos comboios, achando que algures na outra ponta haveria um acesso fácil à Estação (eu estava sempre a ver a estação de Campanhã à esquerda ao fundo, mas não percebia como chegar lá a pé!!!) , acontece que fui dar a uma zona restrita e apenas de acesso aos funcionários da CP.
Lá encontrei um segurança, que me disse que a única hipótese era seguir por uma rua em frente, e apontou o caminho: – a rua não me estava muito apetecível para ir sozinha, mas lá fui.

Mas afinal, tudo tão simples:
a meio do caminho percebi que a rua ia dar à zona onde eu tinha exatamente começado de manhã: a Rua de Godim, a zona dos armazéns e do S. Rock Climbing,
…..(aproveitei, parei e entrei no S. Rock Climbing para conhecer o bar, estava um bonito fim de tarde, e um ambiente mesmo bom, fiquei a curtir a esplanada)
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Depois foi só descer a Rua de Justino Teixeira e – então sim:
ali estava a estação de metro de Campanhã!!!
(quando desbravar adquire o seu estado perfeito de significância….)
São Rock Climbing

São Rock Climbing, Rua de Godim 312
O São Rock Climbing é um espaço de Escalada Indoor.
Tem um bar aberto ao público e pequena esplanada, funcionando como ponto de encontro de final de dia.
Na zona envolvente,
a Visões Úteis – companhia de Teatro (Rua Justino Teixeira, 653) –
rua que vem desde a Av 25 de Abril, e vai dar à estação de Metro e Estação de Campanhã.
Nessa zona, recomendaram-me a Casa Fonseca – como bom local – simples – para almoçar.

Na Rua Particular Justino Teixeira – fica a nova morada da Rampa | Galeria de Arte , mais uma morada de atividade cultural em Campanhã.
As Piscinas de Campanhã

Piscinas de Campanhã – Rua Dr Sousa Ávides
As Piscinas de Campanhã são um pólo importante para a freguesia, e onde treinam os atletas do Futebol Clube do Porto.
Ficam ao lado da Escola Básica Ramalho Ortigão, e chega-se lá facilmente a partir da Rua de Pinto Bessa (a meio).
A partir daí vai-se dar à já mencionada Rua de Justino Teixeira, Rua de Godim, ou mesmo à Av 25 de Abril….

átrio da Estação de Campanhã, início da Rua de Pinto Bessa
A Rua de Pinto Bessa é metade freguesia de Campanhã, metade freguesia do Bonfim (a zona alta da Rua, e que vai dar exactamente à Igreja do Bonfim.)
A Zona do Freixo, Cace Cultural,
várias ilhas, descampados, o rio


A Rua do Freixo vem desde a Rua do Heroísmo, junto à Estação de Campanhã, até cá em baixo à Av. de Paiva Couceiro, junto ao rio, e à Marina do Freixo.
É na Rua do Freixo que está atualmente a funcionar o Cace Cultural (Central Elétrica) com atividades culturais e residências artísticas, e também a Sede do Teatro Experimental do Porto. O espaço pertence à Câmara Municipal do Porto e será em breve todo remodelado.
Junto ao rio, destaque para a Marina do Freixo, o Museu da Imprensa (que está atualmente encerrado ao público) e o lindíssimo Palácio do Freixo, agora Hotel Pestana Palácio do Freixo, hotel de luxo mas que recebe vários eventos ao longo do ano.
É sem dúvida, uma localização privilegiada em frente ao rio, sendo a zona mais a sul e mais baixa da freguesia de Campanhã.
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Dali poder-se-á seguir junto ao rio até à Régua, ou em sentido contrário, até à Foz, em ambos os casos com cenários bonitos e sempre com a paisagem do rio como companhia.

Cace Cultural, TEP, Museu da Imprensa

Palácio do Freixo | Marina do Freixo,
momento aleatório de fotos,
mas com moradas importantes de Campanhã:

fotos aleatórias: Adega S. Pedro (junto à rotunda do freixo), a Igreja de Campanhã (Rua do Falcão), o Astro – tasca em frente à Estação de Campanhã, e biscoitos do Broas e Broinhas, na Rua de Pinto Bessa
Adega S. Pedro – junto à Rotunda do Freixo, na Rua Esteiro de Campanhã – parei para um café já perto da hora de almoço, estava cheio, fiquei com muita vontade de um dia experimentar almoçar lá.
Tem um pequeno balcão à entrada para bar e café, a sala de refeições está escondida.
Há quem a considere das melhores tascas do Porto.
A Igreja Santa Maria de Campanhã – na Rua do Falcão , (no seguimento da Rua da Bonjóia, lá em cima….)
A Rua da Câmara Pestana – entre a Rua do Amparo e Av. Fernão de Magalhães, e vai dar ao Hospital Joaquim Urbano.
Cervejaria O Astro – famosa petisqueira do Porto, na Rua da Estação
Broas e Broinhas – Padaria / restaurante – Rua de Pinto Bessa 97 – tem estes maravilhosos biscoitos, …e outras coisas

Rua do Padre António Vieira
Galerias Mira
na Rua de Miraflor

As Galerias Mira – com três espaços (antigos armazéns) na Rua de Miraflor, são um importante pólo cultural da freguesia, e também um pólo dinamizador da envolvência entre a comunidade e a cidade, através de várias atividades multidisciplinares, e sempre gratuitas.
Apesar de o foco inicial ter sido a fotografia, a dinâmica cultural das Galerias Mira tem ganho expressão em várias outras áreas, como música, literatura, teatro, etc……
Manuela Matos Monteiro e o marido João Lafuente são o casal responsável por este projeto empreendedor – em tempos incluí este projeto nas minhas entrevistas para a Série Gente Empreendedora do Porto, pode ser lido aqui.
A Tasquinha Rebelo

Maria Rebelo na Tasquinha Rebelo, Rua de Miraflor, 1
Local de paragem obrigatória, para quem anda por Campanhã, e gosta de comida portuguesa, do ambiente genuíno das tascas e de muita simpatia e animação.
Já em tempos fiz um artigo mais completo sobre a Tasquinha Rebelo, pode ser lido Aqui.
Fonoteca Municipal do Porto

Fonoteca Municipal do Porto, Rua de Pinto Bessa 122, Armazém 12
Sem dúvida que veio animar a atividade cultural de Campanhã.
A Fonoteca Municipal do Porto é de entrada livre e possibilita a escuta em vinil de uma enorme seleção de discos.
Todas as quartas feiras às 18h há a rubrica Hora de Ponta – onde se escuta em conjunto a uma seleção de discos alusivos a um tema, e um sábado por mês, às 11h, a rubrica Escuta Ativa – um convidado (normalmente alguém bastante conhecido ou popular na cidade) leva um disco de sua escolha para se ouvir e partilha a história da importância desse disco na sua vida.
Tia Orlanda

Tia Orlanda, Rua de Pinto Bessa, 114
Tia Orlanda é um restaurante de comida moçambicana, na Rua de Pinto Bessa, muito próximo da estação e da Fonoteca. A comida é mesmo muito boa, servida num espaço cheio de cor e simpático.
A Tia Orlanda é de extrema simpatia, e também vende peças e tecidos originários de Moçambique.
De tempos em tempos o espaço acolhe alguns eventos de música ao vivo.
Se andarem pela zona, não deixem de experimentar estes sabores moçambicanos, não se vão arrepender.
Terminal Intermodal de Campanhã

Terminal Intermodal de Campanhã, Rua da Bonjóia
Inaugurado em 2022, o Terminal Intermodal de Campanhã assume-se como uma plataforma que pretende reorganizar todo o sistema de transportes públicos da cidade, e “consagrando-se como um passo crucial para a descarborização da cidade” (palavras de Rui Moreira, aquando da inauguração).
Concentra-se aí o Terminal de Camionagem, uma zona de Táxis, Parque de Estacionamento, zonas verdes e parque de bicicletas, bem como áreas administrativas e tudo com ligação direta à Estação de Comboios e ao Metro de Campanhã.
A Zona da Bonjóia

Saindo do Terminal Intermodal, facilmente chegamos à Quinta da Bonjóia, uma Quinta bonita de autoria de Nicolau Nasoni, datada de 1759, com um jardim imenso e muitas camélias, uma área enorme que dá para o Vale de Campanhã e para o Douro.
Em 1995 a quinta foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto, onde atualmente funcionam alguns escritórios, mas a Casa da Quinta e a Quinta em si tem estado já há alguns anos sem atividade.
Os Jardins estão no entanto abertos ao público.

Quinta da Bonjóia, Rua de Bonjóia, 185

Rua da Bonjóia
Continuando pela Rua de Bonjóia em sentido oposto ao do Terminal Intermodal, chegamos à Igreja Paroquial de Campanhã, na Rua do Falcão.
A Igreja fica já nas proximidades da Praça da Corujeira e da Estrada da Circunvalação.
Também nas proximidades, o Espaço QC – Quarteto Contratempos – um espaço para ensaios (musicais) e um pequeno ciclo de teatro. (Rua de Chaves Oliveira).
A Casa de S. Roque – Centro de Arte e
o Parque de S. Roque (ou Quinta da Lameira)

Casa de S. Roque – Rua de S. Roque da Lameira, 2092
A Casa de S. Roque e o seu Parque são dois outros ícones muito bonitos da freguesia de Campanhã.
A Casa é um Centro de Arte e está aberta a visitas (pagas) e acolhe exposições várias, já o Parque e os seus jardins são de entrada gratuita.
Nos meses do bom tempo organizam vários pequenos concertos no Jardim ao ar livre de entrada gratuita, com possibilidade de se beber um copo de vinho verde e comer uns pequenos petiscos.

A entrada para a Casa de S. Roque é pela Rua de S. Roque da Lameira, mas o Parque, pode ser acessado por essa entrada ou também pela entrada na zona alta, pela Travessa das Antas.
A Rua de S. Roque da Lameira liga a Praça das Flores (próxima à Av 25 de Abril e da Rua de Justino Teixeira) e vem dar cá em baixo, muito próximo do Estádio do Dragão e à zona do Matadouro (o projeto M-ODU).
O Restaurante Nobel , e o Restaurante Baixatola, na Rua de S. Roque da Lameira – foram-me recomendados como bons restaurantes de comida portuguesa.

A Feira da Vandoma
Av 25 de Abril

A Feira da Vandoma – feira de venda de velharias e artigos em 2.ª mão – acontece todos os sábados entre as 8h e as 13h, na Av 25 de Abril (próximo da Rua de S. Roque da Lameira).
Esta morada da feira já não é a primeira, (antes estava nas Fontainhas), e pelo que soube, irá em breve voltar a mudar de localização, mas ficará na freguesia de Campanhã.
Desbravar Campanhã

Desbravar é mesmo o temo certo para estas minhas deambulações pela cidade, porque é a única forma que encontro de conseguir fazer ligações entre certas ruas e locais, que – se não passasse por lá a pé – não teria a noção de como se interligavam.
Assim, saí da Praça das Flores e rapidamente cheguei à Av Fernão de Magalhães , subindo a Rua do Amparo – coisa que na minha cabeça até então nunca faria sentido…..
Muito perto, o Hospital Joaquim Urbano.
A partir da Av Fernão de Magalhães (avenida grande que apanha também parte da freguesia do Bonfim) fui por dentro até ao Estádio do Dragão, passando por várias ilhas e casas camarárias, e por zonas onde nunca tinha estado, deparando-me a certa altura com a vista do rio, ao longe.
É a zona alta da cidade.
Também por ali , a já mencionada entrada superior para o Parque de S. Roque, e facilmente depois – descendo chegamos ao estádio do Dragão.

Estádio do Dragão
e o Museu do Dragão
Estádio do Dragão – Via Futebol Clube do Porto. Na foto, ao centro, Jorge Nuno Pinto da Costa, um dos últimos presidentes do FCP mais aclamado, e que recentemente faleceu.
O Estádio do Dragão dispensa apresentações, é onde pulsa o coração de todos os portistas – a Casa Mãe do Futebol Clube do Porto.
Fica nas Antas e junto à VCI, a zona está também munida de um Centro Comercial – O Alameda Shopping – e algumas cadeias de hotéis.
O Museu do Dragão conta a história do Futebol Clube do Porto – história que está naturalmente interligada com a história da cidade – e proporciona uma visita ao estádio vazio.
Vale a pena a visita.
The Log Porto Hotel

Entrei no The Log Porto Hotel por ser um hotel muito recente e por curiosidade.
É um Hotel muito vocacionado para os negócios, e onde predomina a madeira na decoração. Tem um restaurante – o Nó &Veio.
A zona das Antas está ali mesmo colada, mas já é essencialmente freguesia do Bonfim, pelo que deixei para desbravar noutra altura.
Continuando, desbravando, desbravando….
Azevedo

Adega, em Azevedo – sede da Associação Pele
Ir até Azevedo é ir quase até Gondomar, e a zona é totalmente rural, parece que chegamos à aldeia, e é mesmo uma das zonas mais rudimentares de Campanhã.
Como naturalmente eu queria conhecer, por ser freguesia de Campanhã, aproveitei um evento levado a cabo pela Pele Associação – uma associação que visa levar a cultura a pessoas mais desfavorecidas, com projetos multidisciplinares e de envolvência dessas mesmas pessoas e comunidades.
Já com vários anos de existência (quase 18) têm uma atividade incrível tanto a nível nacional como internacional, vale a pena acompanhar.
Um dos recentes projetos é realizado em parceria com a STCP, (e com curadoria da Lovers & Lollipops):
A Linha Musical 400:| Pele Associação –
um sábado por mês, até ao final deste ano (de 2025) a Linha do 400 – que faz o trajeto Trindade – Parque Nascente (mas pára em Azevedo) , e Azevedo-Trindade oferece um concerto gratuito a quem entrar nesse percurso.
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Eu apanhei então o 400 com eles, e fui até Azevedo ao som da voz e viola de Arianna Casellas Y Kauê .
Antes da viagem de regresso, fui conhecer a Adega, que é o espaço sede de criatividade da Pele – Associação.
Cerca de 1 hora depois, há o percurso de retorno, com o mesmo concerto.
A viagem implica ter título válido de transporte.
Como curiosidade, eu nunca tinha estado em Azevedo…..,
Ali na Zona:
o Parque Oriental da Cidade, que é mais um pulmão verde da cidade, e o segundo maior parque da cidade do Porto.
Tem cerca de 18 hectares, e foi projetado pelo arquiteto paisagista Sidónio Pardal.
O Parque tem também ciclovia e acompanha o percurso final do rio Tinto.
Contumil

Estação de Contumil
Achei também piada ir até Contumil, que ainda é Campanhã, e muito próximo do Dragão – para ficar a conhecer a zona – e dali aproveitei para apanhar o comboio da Linha de Leixões, recém re-inaugurada e muito falada ultimamente – a Linha vai até Leça de Balio, e eu também não conhecia o trajeto.
Gosto sempre de andar de comboio, e de partir para o desconhecido, então lá fui até Leça do Balio, não que não conhecesse Leça do Balio, mas não conhecia a estação nem onde iria sair .
Estava um fim de manhã de céu negro, e muito vento.
Cheguei à estação de Leça do Balio, nesse preciso momento começou a chover torrencialmente – mesmo torrencialmente – e, não existe qualquer abrigo por ali.
Verdade.
Queria abrigar-me (nunca ando de guarda-chuva, e também o dia inicialmente não estava de chuva).
Mas não há nem um único telhado de salvação, tive de chamar o Uber debaixo de chuva torrencial e ficar toda molhada.
Assim terminou o meu périplo “desbravar Campanhã”, com um fim bastante molhado.

_________________________
Em jeito de conclusão:
as minhas considerações (pessoais)
sobre Campanhã:
Adorei desbravar Campanhã, esta freguesia enorme, a mais extensa do Porto.
Comparativamente à freguesia de Paranhos, até gostei mais.
Ou melhor, mais rapidamente iria viver para Campanhã, do que para Paranhos.
Muito pelo facto de ter a componente água – o rio –
mas também pelo facto de –
apesar de ser uma freguesia ainda com muito para crescer em termos económicos da sua população,
é uma freguesia que culturalmente me atrai muito.
Tem muita coisa a acontecer,
sem ser “trendy” –
e eu gosto disso.
________________________
Projeto Desbravar as Freguesias do Porto | Um Projeto Viver o Porto
(Paula Calheiros)
II.
#Desbravar Campanhã
(ou o que fazer em Campanhã)
Junta de Freguesia de Campanhã
Praça da Corujeira 202
4300 – 144 Porto
Agradecimentos:
Dr Paulo Jorge Pinto Ribeiro,
Presidente da Junta de Freguesia de Campanhã
Texto e Fotos
Paula Calheiros | Viver o Porto
Veja a reportagem sobre a anterior freguesia (Paranhos) Aqui









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