A Rua do Almada é uma das ruas icônicas da cidade do Porto, situada em plena Baixa da cidade e onde os dias se fazem essencialmente do seu comércio tradicional.
Uma rua comprida, que atravessa vários quarteirões, e que se tem vindo a renovar com alguma intensidade nos últimos anos.
Os alojamentos locais e alguns hotéis também já existem na rua, e com o despertar do turismo no Porto, em anos anteriores, o fluxo de turistas foi um dos grandes impulsionadores para o movimento da rua durante muito tempo.
No entanto, ainda é possível respirar toda a essência do comércio antigo (lojas de ferragens, drogarias, carpintarias) e são ainda as pequenas lojas de comércio tradicional e algumas outras com conceito inovador que lhe continuam a dar vida.

Em pleno Estado de Emergência (o segundo!) decretado em Portugal para combater a pandemia Covid_19, são exatamente essas pequenas lojas que mais se ressentem dos efeitos do distanciamento obrigatório, do isolamento social, da falta de turistas, e , principalmente, dos horários de recolher obrigatório. (os hotéis e o alojamento local, evidentemente, também)

É quase uma dor de alma ver a rua vazia e os comerciantes queixarem-se de que não têm clientes, não há praticamente turistas, não entra ninguém….
Cabe-nos a nós, locais do Porto, tentar ajudar e manter vivo o comércio tradicional e as lojas pequenas.

O comércio tradicional precisa de nós!

Se há 10 anos atrás, quando comecei este blog, calcorreava as ruas do Porto para partilhar tudo o que na altura ia acontecendo de novo, passados 10 anos tenho ainda mais vontade de continuar a calcorrear as mesmas ruas, para mostrar o que de tão bom e bonito ainda temos na cidade, e que precisamos manter!

Quero continuar a mostrar a alma das pessoas, as pessoas do Porto, e a garra com que todas essas pessoas se aguentam firmes!
É incrível ver que, apesar de tudo, e de tantas angústias de quem não sabe bem o dia de amanhã, todos estes empreendedores ainda abraçam com mais força os seus pequenos negócios, não querendo esmorecer, e mostrando sempre, um sorriso!

Tenho chegado a casa com algumas lágrimas nos olhos – comovida com tudo isto que se está a passar – quem não fica? – mas comove-me ainda mais a bravura e os sorrisos que continuo, sempre, a encontrar.

EN
(english translation soon)

Rua do Almada

Tempo de pandemia – o comércio tradicional precisa de nós

Rua do Almada, 11 de Novembro 2020 (em vigor o segundo estado de emergência devido à Covid_19)

Do Norte Café, parei para o pequeno almoço, comi umas boas papas de aveia .

Workshops Pop Up, entrei para dizer olá à Rita, comprei um vestido de marca portuguesa e tomei um café.

Queijaria do Almada, entrei para comprar uns deliciosos queijinhos

Cinema Trindade, entrei para um filme ao final do dia, cujo título me conquistou.

Miss Pavlova, entrei para dizer olá à Ana e provar um macarron

Almada Cowork – entrei para conhecer o espaço, recentemente aberto.

Almada 13, entrei para dizer olá ao Miguel e ver as novidades dos criativos portugueses.

A Rua do Almada atravessa vários quarteirões, todos eles com ligação a outras ruas igualmente carismáticas da Baixa, pois estamos mesmo, no coração da Baixa.

Arcádia, entrei para comprar uns chocolates, e Dona Chama , petiscos de Trás os Montes

Este post não pretende ser um roteiro exaustivo de todas as lojas existentes na rua, apenas uma pequena amostra.
Para além de tantas lojas diversas e atrativas, na Rua do Almada encontra ainda vários cafés, restaurantes, mais do que um hotel, um Teatro, um cinema e um sem fim de outras pequenas atrações.

O que tem mesmo de fazer é ir até à Baixa do Porto e passar na Rua do Almada!

O nome da Rua do Almada deve-se a João de Almada e Melo,
Governador do Porto na segunda metade do século XVIII.

De destacar na Rua do Almada, para além de todo o seu comércio, a Capela dos Pestanas,
ou Capela do Divino Coração de Jesus,
capela situada muito próximo da Praça da República e obra de impressionante estilo neogótico.